quarta-feira, 9 de julho de 2008

A EXCLUSÃO SOCIAL E O SEU ENFRENTAMENTO

EXCLUSÃO SOCIAL

A exclusão social vem se evidenciando dia após dia de uma forma muito intensa e acelerada esse processo se deu a partir do inicio da década de 90 uma vez que foram adotadas as políticas econômicas “Neoliberais” que tinham o pensamento políticos dominante e implantador da Defesa do Estado Mínimo no contexto do processo de globalização, daí então passava a defender de maneira mais intensa o Estado Mínimo e tendo por metas principais a estabilidade monetária, combate às taxas inflacionárias, e outras característica deste movimento ideológico. Essas políticas governamentais, no que concerne aos desenvolvimentos, foram adotadas e implementadas aqui no Brasil possibilitando a consolidação do neoliberalismo e sua hegemonia.
Tal processo, ao contrário do que a ideologia dominante veiculava, não se constituiu enquanto novidade mas se apresentou com uma peculiaridade “A Política Neoliberal”.
Com esta Política Neoliberal podemos perceber que o processo deste desenvolvimento apresentou um grave paradoxo que por um lado, levantava o crescimento econômico e a industrialização, por outro lado, veio gerando e intensificando a marginalização, a pobreza, o desemprego, o subemprego, poucos com muito e muitos sem quase nada ou nada, o que podemos chamar de desigualdade social.
Hoje no Brasil existe um grande número de pessoas necessitadas que vivem na linha da pobreza o que faz da sociedade um tanto quanto desigual. A solução que atenua a pobreza, nem sempre reduz a desigualdade. Em decorrência de políticas sociais, os pobres podem melhorar de renda, mas à distância entre ricos e pobres pode aumentar por força de uma melhoria dos mais abastados e dos preconceitos sociais existentes. Da mesma maneira, a solução que reduz a desigualdade, nem sempre atenua a pobreza. Em decorrência de políticas sociais desfocadas, a desigualdade pode diminuir pelo empobrecimento de todas as pessoas e aproximação entre elas. Mas convém lembrar que nas regiões extremamente pobres, todos são praticamente iguais, uma vez que no cotidiano dessas pessoas mais da metade da população carente nunca tiveram um emprego por isso vivem de “bicos” sem salários dignos a margem da sociedade na linha da pobreza e sem oportunidades, os mesmos passam por privações que dificultam a sua participação do meio social e cultural da sociedade.
As complexidades desses problemas requerem uma análise acurada de suas causas assim como uma avaliação da eficiência das políticas destinadas a reduzir a pobreza e aumentar a igualdade. Infelizmente a desigualdade social vem se naturalizando, por sua vez, engendrando no seio da sociedade.
A intensidade de nossa desigualdade de renda, por sua vez, coloca o Brasil distante de qualquer padrão reconhecível, no panorama mundial, como razoável em termos de justiça distributiva.
As origens históricas e institucionais da desigualdade brasileira são múltiplas, mas sua longa estabilidade faz com que o convívio cotidiano com ela passe a ser encarado pela sociedade, como algo natural. As desigualdades tornadas por experiências naturais não se apresentam aos olhos de nossa sociedade como um artifício. No entanto, resultam de um acordo social excludente, que não reconhece a cidadania para todos, onde a cidadania dos incluídos é distinta da dos excluídos e em decorrência, também são distintos os direitos, as oportunidades e os horizontes.
A exclusão existe não só no mercado de trabalho mas em todos os campos da nossa sociedade e infelizmente vivemos em uma sociedade onde rotulamos e excluímos os negros, as mulheres, os deficientes, os homossexuais, os desempregados e os pobres ou por clientelismos, favoritismos ou por meros preconceitos, o que vem a agravar a questão social no Brasil.
E conseqüentemente veremos que os problemas da Exclusão Social são de uma alta relevância visto que a exclusão também é originada de muitas faltas podemos citar algumas delas:
Ser – a falta da personalidade, da auto-estima, do auto-reconhecimento individual e da dignidade;
Estar – pertencer aos grupos de convívios e de integração social, desde a família, as vizinhanças e a sociedade de modo geral;
Fazer – Trabalhos realizados e socialmente reconhecidos( produzir por meio do trabalho);
Criar – obter a capacidade de cultivar, tomar iniciativas e efetivar idéias;
Saber – ter acesso às informações necessárias junto as suas necessidades de modo formal (através da escola) ou informal;
Ter – um rendimento salarial e exercer um poder de compra, ter acesso em nível de consumo médio da sociedade da capacidade aquisitiva (incluindo a capacidade de estabelecer prioridades de aquisição e consumo).
Como podemos perceber a pobreza é um dos mais agudos problemas econômicos do país, mas a desigualdade é o principal determinante da pobreza e vem a ser o maior problema estrutural do Brasil. Desse modo, a agenda de pesquisas e de definições de políticas públicas que priorizam as questões das desigualdades tem como implicação necessária à compreensão das questões das desigualdades raciais e sociais uma vez que as mesmas necessitam ser incorporadas como elementos centrais dos debates, uma vez que os negros e os pobres lideram a maior parte dos excluídos.
A solução para retirar essas pessoas da linha da pobreza é a criação de programas que unam saúde, educação, geração de emprego e renda e uma habitação digna através “programas sociais sem falhas”, que venham viabilizar o acesso à cidadania e seu exercício pleno.
Advertindo que hoje no Brasil existe uma série de programas sociais que veio para dá suporte a essas pessoas “carentes”, mas estes programas necessitam de um planejamento mais intenso já que os mesmos só conseguem assistir a uma pequena parte da comunidade que deles necessitam. Também existe a necessidade de uma revisão de critérios para as implantações de CAPS, CRAS, CREAS e etc... Uma vez que nos pequenos municípios ditos como de pequeno porte apresentam uma demanda, mas devido à quantidade de habitantes os mesmos não podem ser habilitados para as implantações o que gera uma demanda que vem a ser excluída, que por sua vez os mesmas devem ser encaminhadas aos municípios de médio porte que apresentam problemas de super lotação.
Também se faz necessário as desconstruções dessas naturalizações das desigualdades que encontra-se engendrada na sociedade, assim realizando nos eixos estratégicos as redefinições dos parâmetros de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Portanto desnaturalizar a desigualdade econômica e social do Brasil passa a ser uma necessidade primordial e essencial.
Conclui-se que a intensificação da exclusão social se deu através das políticas do neoliberalismo, e que a exclusão social não se deriva só da renda, sendo que a mesma é um fator primordial para definir as condições sociais, mas não é suficiente. É mais que necessário SER, ESTAR, FAZER, CRIAR, SABER e TER e principalmente desnaturalizar a desigualdade que está engendrada na nossa sociedade. As políticas neoliberais colaboram com o nosso desenvolvimento, mais do que isso, se mostram estáveis ao longo da década, existindo inclusive as melhorias observadas na maioria dos indicadores de condições de vida do país. Portanto, tendo como referência a década de 90, vemos que existiram avanços positivos nas condições de vida da população brasileira, mas esses avanços não se manifestaram em reduções das desigualdades sociais.
É preciso mudar o quadro social no Brasil e fazer da igualdade e inclusão social um bem de todos.

SITE:
http://www.ipea.gov.br
http://cdi.mecon.gov.ar/biblio/dolecec/MU2392.pdf
http://www.abphe.org.br/congresso1999/Textos/CARL 4C.pdf
http://www.triplov.com/ista/cadernos/cad 09/amaro.html

Um comentário:

Michelle e Diego disse...

adorei pois me ajudou muito a entender pois estoucursando 1° ano