quarta-feira, 9 de julho de 2008

POR QUE O CHILE DÁ CERTO?

ECONOMIA DO CHILE UM EXEMPLO PARA O BRASIL


O Chile é hoje um dos poucos países da América Latina a conviver, por longo período, com desenvolvimento econômico e baixa taxa de inflação, sendo considerado um caso pragmático de sucesso econômico na região. Esta experiência chilena vem sendo observada como um paradigma de crescimento econômico entre as economias em desenvolvimento.
A partir do golpe militar ocorrido em 11 de setembro de 1973, a política econômica do governo socialista de Allende é abandonada e a nova política econômica implementada dá destaque à abertura da economia chilena aos capitais externos, isto foi fundamental e sentou as bases do crescimento econômico com estabilidade, observado na economia do Chile na segunda metade dos anos 80 e na década dos 90. O país cresceu puxado pela expansão do setor externo, e pelo desenvolvimento de mecanismos internos de poupança como os fundos de pensões.
Após a redemocratização do país, a partir dos anos 90, os principais indicadores da economia chilena começavam a apresentar resultados positivos relacionados ao crescimento econômico e a redução dos níveis de pobreza, e melhoria na distribuição de renda, embora existam diferenças políticas entre os partidos, sobre tudo vale ressaltar que existe um consenso entre ambos, pois, o partido de direita e esquerda estão realmente interessados com o desenvolvimento de seu país entrando em consenso político caminhando na mesma direção prevalecendo a economia estável independente do partido político garantindo assim a estabilidade e mantendo uma linha de desenvolvimento.
Diante disto é notório que todos os países que se dizem subdesenvolvido pensassem e realmente seguissem esta linha de consentimento que o Chile prioriza e por isso alcança um nível de país destaque que é almejado por muitos.
O que o Chile tem de especial, em comparação com as nações latino-americanas, é um consenso entre políticos sobre o modelo econômico capaz de manter o país no rumo certo.
À esquerda e a direita chilena estão de acordo em quase tudo que se refere à economia e preservam a discussão para questões que envolvem valores morais, para como lidar com o crimes da ditadura que dirigiu o país no período de 1973 a 1990 e para um outras questões sobre leis trabalhistas e tributárias.
Em economia, os dois pensam quase da mesma forma, eles defendem a estabilidade da moeda, o livre mercado, a responsabilidade fiscal e a assinatura de acordos comerciais com leque amplo de países. Essa unanimidade que vem desde 1990, quando o país começou sua transição da ditadura para a democracia trazendo duas vantagens. Primeiro, garante a continuidade das medidas econômicas, o que permite fazer planejamentos a longo prazo. Uma das principais conquistas dessas medidas foi o controle da inflação, de apenas um dígito há dez anos. Como as regras do jogo de desenvolvimento são respeitadas e mantidas de um governo para o outro, os empresários, nacionais e internacionais, não relutam em investir no país.
Não é sem méritos que o Chile é considerado o país da região com o menor risco para investidores externos, foi esta estabilidade que permitiu aos chilenos serem os latino-americanos que menos sentiram os efeitos das crises econômicas que abalaram as economias capitalistas interligadas na segunda metade dos anos 90.
Os governos de centro-esquerda, que seguiam à abertura do regime militar, aperfeiçoaram o principio de livre-mercado e firmaram acordos comerciais com os estados Unidos, a União Européia, o México, o Canadá, a Coréia do Sul e o Mercosul, o primeiro a ser ajustado, em 1996. O Chile optou por não entrar no bloco porque queria ter liberdade para negociar com todo o mundo. Os sócios do Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai só podem negociar em conjunto e acordos comerciais com outros países ou blocos uma vez que sozinhos, os chilenos fecham acordos com mais agilidade. Isso é fundamental porque, como tem um mercado interno muito pequeno, a melhor fonte de crescimento econômico do país é o aumento das exportações.
O governo militar iniciou, nos anos 70 e 80, uma série de reformas que foram conservadas pelos governos democráticos e se tornaram consenso político a sua origem na ditadura não foi impedimento para que suas qualidades fossem reconhecidas.
As cinco mais importantes são:
Criou-se uma lei que impede o Estado de gastar mais do que arrecada. Até hoje a responsabilidade fiscal é um dos pontos fortes da política chilena.
Os impostos foram reduzidos e a arrecadação, simplificada.
Atualmente as empresas pagam um único imposto, de menos de 20%. Isso ajuda a aumentar os investimentos e faz com que à sonegação no Chile seja a mais baixa da América Latina.
· Foram estabelecidas regras claras para o setor financeiro do país. O Chile tem, hoje, um dos sistemas bancários mais sólidos do mundo.
· O Chile foi o primeiro país sul-americano a iniciar um controle de longo prazo da inflação. Desde 2000, a meta permanente do banco central chileno passou a ser uma inflação anual entre 2% e 4%.
· Em 1980, foi feita uma reforma na educação que passou para os municípios a responsabilidade pelo ensino público e criou um tipo de escola privada que recebe o subsidio do governo. O sistema de ensino ficou mais justo e universal.
Tudo isso só e possível devido à política da Boa Governança que trabalha para o desenvolvimento da nação com uma visão coletiva, costuma-se dizer que o êxito é a melhor maneira de criar consenso. As reformas feitas pela direita foram mantidas pela esquerda chilena porque deram certo.
Atualmente tem muita gente a repetir uma das frases que mais sintetizam o que somos e pensamos da nossa própria sociedade, ou seja, “O Brasil não deu certo”. Muitas variantes dessa frase também circulam (como, por exemplo, “O Brasil é o país do futuro que nunca chega”), mas o seu significado central é claro: nós, brasileiros, queremos construir uma sociedade rica, justa e influente no mundo e não o conseguimos simplesmente por viver na corrupção, por incompetência gerada pelo nosso egoísmo pois só trabalhamos por um bem próprio assim esquecemos a coletividade, e muitos outros possíveis motivos pois somos ricos mas não sabemos administrar toda a nossa riqueza tão pouco sabemos utiliza-la para o nosso desenvolvimento. Os nossos representantes criam projetos e leis em um plano de curto prazo no sentido de dá uma “Ajeitadinha” no país e principalmente para se auto-promover geralmente estes projetos aos nossos olhos eles são formidáveis mas foram elaborados cheios de falhas sistemáticas.
Infelizmente não podemos dizer que o Brasil não tem problemas sérios de corrupção, incompetência, descaso e outros. Também não seria justo esquecer os muitos milhões de brasileiros que efetivamente sonham com um país melhor, mas talvez devêssemos ver o Brasil e, provavelmente, toda a América Latina como um caso de projeto incrivelmente bem sucedido e não o contrário, pois também precisamos ter um pensamento desenvolvido é preciso uma mobilização maior da sociedade cobrando mais os nossos direitos básicos para que possamos dá os primeiros passos para o nosso desenvolvimento já que ser um país desenvolvido não significa ser um país cheios de projetos formidáveis, mas a sociedade também deve ser desenvolvida socialmente.
Hoje as discussões sobre alguns tópicos, no Brasil, são aparentemente inacabáveis e nunca chega a lugar nenhum, como quando se debatem a educação, mecanismos de distribuição de renda, projetos para viabilizar o crescimento econômico acelerado, etc. Discute-se muito, mas, como não se quer realmente mexer nas coisas, não se sai do lugar, entretanto enquanto existir rivalidade partidária jamais conseguirá ter uma economia, uma política e uma democracia para todos.
Embora para isso desse certo fosse necessário que governos de centro-esquerda seguissem a abertura do regime militar aperfeiçoando assim o principio de livre mercado e firmemente de acordo comerciais com outros paises desenvolvidos.
Podendo servir de modelo para países vizinhos tendo como norteamento os princípios básicos do desenvolvimento também seria necessário que todos os outros paises assim como o Chile priorizassem a democracia, o bom governo, a economia de livre mercado o investimento em educação, saúde, programas sociais sólidos e a busca de acordos comerciais como maiores numero possível de parceiros.
Aqui no Brasil os partidos pensam mais nos benefícios próprios enquanto que a sociedade paga o preço. Hoje a nação brasileira sonha com o desenvolvimento, o governo Lula lançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sabemos que será possível alcançar algumas metas e outras não, pois os resultados esperados não são a longo prazo são aplicativos instantâneos o que não agirá como um projeto permanente bem alicerçado, pois não a um consenso político para consolidar o desenvolvimento tão almejado haja visto que programas como este devem ser projetado a longo prazo pois trata-se de varias particularidades o que requer uma boa projeção para que o desenvolvimento não seja momentâneo.
Concluímos que o Chile é uma peculiaridade na América Latina que conseguiu alicerça a suas políticas em bases sólidas e com representantes que de fato fazer a Política acontecer de maneira transparente, pois os mesmos buscam o bem comum da coletividade de certo que o Chile serve de exemplo não só para o Brasil, mas para os demais paises do continente, mas também e necessário crie politicas para diminuir os empostos e a aburocracia já que estes elementos servem de barreira para empreendedores que querem investir no páis logo com estas politicas teremos mais empreendedores investidores e menos sonegadores também é imprecindivel que os nossos políticos venha a entrar em um consenso e realizar o PAC não para este fim de gestão, mas para uma efetivação permanente a longo prazo bem planejado assim acaba com a velha história de que um faz e o outro desmancha pois nação é que sofre e continua como um país em desenvolvimento.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ALMANAQUE ABRIL 2007, Edição 33
Revista Veja, Edição 1907, 1º de junho
SITES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_chile

Nenhum comentário: